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Cartas de chamada

As cartas de chamada são documentos históricos de grande importância, utilizados principalmente durante os fluxos migratórios para o Brasil no início do século XX. Elas representavam uma garantia para os imigrantes recém-chegados, atuando como um convite formal ou informal para que familiares ou conhecidos se estabelecessem no país.

Inicialmente concebidas como respostas às exigências burocráticas governamentais, as cartas de chamada eram entregues pelos imigrantes aos funcionários da Inspetoria de Imigração nos portos de desembarque, especialmente no Porto de Santos. Existiam dois tipos principais de cartas: as oficiais, emitidas por autoridades como o DEOPS ou consulados, e as privadas, geralmente escritas à mão, que serviam como prova de um convite informal.

O Porto de Santos foi o lugar onde foram entregues a maioria das cartas, que eram arquivadas junto com as listas de desembarque. Apenas uma pequena parte se encontrava na Hospedaria de Imigrantes.

O acervo existente é composto por milhares de cartas, principalmente de italianos, mas também de outras nacionalidades como espanhóis e portugueses. Elas foram enviadas por uma variedade de remetentes, incluindo parentes próximos como cônjuges, filhos, primos, e também amigos e afilhados.

A seguir estão as transcrições de algumas cartas de chamada presentes no Acervo Digital do Museu da Imigração do Estado de São Paulo:

  1. Domingo Martínez (01/07/1911)
  2. Anacleto Gallardo e Amalia García (02/07/1911)
  3. Antonia Moreno (14/09/1911)
  4. Manuel e José Camuña (03/08/1911)